terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Sobre Camille Paglia, ensaísta, crítica e feminista clássica no Roda Viva

Toda a sua lucidez esteve presente na entrevista quando destacou e reconheceu que a sociedade ocidental judaico-cristã foi quem deu a ela a liberdade vigiada para ela ser ateia, feminista clássica, ensaísta e crítica, ter dinheiro, bens, educação, saúde, e não ser presa, torturada e morta por um regime totalitarista e decadente como foi em Roma. Houve lucidez ao reconhecer o fracasso do feminismo em sua burrice atual, inclusive falou negativamente do "feminismo acadêmico" (que é alheio à biologia, história dos povos e sociedades, lógica e realidade humana). Infelizmente, ela tem um discurso esquerdista, tem uma visão deturpada da figura da mulher e da pornografia (embora eu entenda que o "puritanismo hipócrita" deu a lenha e o fogo para a porneia, levando muitos a experimentar uma libertação para as fantasias do ego). Reconheceu padrões judaico-cristãos como importantes lacunas para o ocidente, no entanto, estragou de vez a entrevista ao elogiar Angela Merkel e Dilma Rousseff como figuras excelentes do carisma político. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, não é, mulher? Outros detalhes, não comentarei aqui.

Por Luciana Figueirêdo