quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Nobe

Antes de ler o texto que escrevi, leia três vezes o Salmo 52 e 1 Samuel 22.

Doegue é como aqueles escravos babões de um rei. As Escrituras diagnosticam o pecado como uma deformidade universal da natureza humana. A jactância e a iniquidade de Doegue levaram-no a ser uma pessoa capaz de gloriar-se de sua maldade. Quando Davi disse que a bondade de Deus dura para sempre, delatou que a natureza humana, em contraste com a do Criador, é maldosa, limitada para a bondade e iníqua para o bem.

Doegue usou o poder da língua para urdir planos de destruição quando falou que Davi e o sumo sacerdote Aimeleque estiveram juntos e consultaram ao Senhor. Aimeleque lhes fez provisões e lhe deu a espada de Golias, o filisteu.

O rei Saul é do tipo de pessoa que acha que estão sempre conspirando contra ele. Ele roga, para si, um vitimismo autoritário. 

Resultado, Saul ordenou, de forma maligna e irracional, a matança de 85 homens, sacerdotes de Aimeleque, recusada por seus soldados, no entanto, aceita e executada por Doegue. E não pararam com os atos vingativos!

Nobe era uma cidade ao nordeste de Jerusalém (Isaías 10:32), provavelmente uns 4 Km. Era uma cidade com muitas famílias, atividades agropecuárias e terra natal dos sacerdotes cruelmente mortos por Doegue. Saul ordenou também a chacina total dos homens, mulheres, meninos, crianças de peito, bois, jumentos e ovelhas de Nobe. A execução por parte dos soldados de Saul me fez lembrar da mentalidade de Adolf Otto Eichmann (Solingen19 de março de 1906 — Ramla1 de junho de 1962), que foi julgado em Jerusalém por ter participado do nazismo como executor-chefe que liderou a logística dos extermínio de milhões de judeus. Foi nesse julgamento que a filósofa Hannah Arendt percebeu a monstruosidade da natureza humana e como ela é capaz de banalizar o mal. 

Pascal Bernardin, em Maquiavel Pedagogo, lembrou do que disse Lênin: "É preciso [...] estar disposto a todos os sacrifícios e, inclusive, empregar - em caso de necessidade - todos os estratagemas, ardis e processos ilegais, silenciar e ocultar a verdade". 

Davi confiou em Deus para combater seus inimigos e Saul foi derrotado. E o tal Doegue? Como terminou? Leia:

Tu amas mais o mal do que o bem, e a mentira mais do que o falar a retidão. 

Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta.
Também Deus te destruirá para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes. 
E os justos o verão, e temerão: e se rirão dele, dizendo:
Eis aqui o homem que não pôs em Deus a sua fortaleza, antes confiou na abundância das suas riquezas, e se fortaleceu na sua maldade.




O mal terá seu fim quando Aslam voltar!

Por Luciana Figueirêdo 


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Deus se interessa por beleza

"Vá aos Alpes e observe as montanhas cobertas de neve. Não há como contestar. Deus se interessa por beleza. Ele fez as pessoas para serem belas e a beleza tem seu lugar na adoração a Deus." Francis Schaeffer, em A Arte e a Bíblia, Editora Ultimato.

Engelberg – “Angel Mountain” – it’s heavenly.
Engelberg is a municipality in the canton of Obwalden in Switzerland. It has a population of c. 3,500.

sábado, 28 de novembro de 2015

Para sempre Alice

O que eu sei sobre o Mal de Alzheimer não é muito. Sei que minha avó, Dona Lucemar Figueirêdo, não lembra mais de mim nem de meu nome, mas me chama de "uma moça muito bonita" e repete sempre isso quando a vejo (ou, pelos menos, repetia). Lembro de tantas coisas que fizemos juntas! Ela sempre me protegia. Fazia um café delicioso... Acho que é por isso que eu amo cafeterias. Confesso que nunca mais a visitei e não vou dizer que isso é muito fácil para mim. Eu irei visitá-la nesses dias. 

Em Para sempre Alice (filme), Julianne Moore interpretou Alice de forma brilhante e sensível. Alice é como aquelas pessoas que acreditam estar sempre no controle de tudo por se sentir segura em sua vida intelectual. Uma professora acadêmica e pesquisadora, conhecida como "a memória mais afiada de Harvard", Alice foi surpreendida pela doença degenerativa. O marido foi cuidadosamente interpretado por Alec Baldwin, um homem de um olhar atencioso e responsável. Sua atuação foi preciosa.

Imagine acordar e não lembrar de como escovar os dentes ou falar o nome de alguém que ama? Difícil imaginar! Julianne Moore tem uma forma de olhar que a difere de muitas atrizes. É envolvente e convidativo. 

Por Luciana Figueirêdo

Gênero: Drama
Direção: Richard Glatzer, Wash Westmoreland
Roteiro: Richard Glatzer, Wash Westmoreland
Elenco: Alec Baldwin, Cali T. Rossen, Cat Lynch, Daniel Gerroll, Eha Urbsalu, Erin Darke, Hunter Parrish, Julianne Moore, Kate Bosworth, Kristen Stewart, Orlagh Cassidy, Rosa Arredondo, Seth Gilliam, Shane McRae, Stephen Kunken, Victoria Cartagena
Produção: James Brown, Lex Lutzus, Pamela Koffler
Fotografia: Denis Lenoir
Montador: Nicolas Chaudeurge
Trilha Sonora: Ilan Eshkeri
Duração: 101 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 12/03/2015 (Brasil)
Distribuidora: Diamond Filmes
Estúdio: Backup Media / Big Indie Pictures / Killer Films

Informação complementar: Baseado no romance de Lisa Genova


Se dizemos que amamos Aquele que Ama, amamos o que Aquele que Ama fez

Em Poluição e a Morte do Homem, meu amigo Francis Schaeffer disse: "A morte da "alegria" na natureza está conduzindo à própria morte da natureza." Se não podemos resolver os problemas ecológicos, vamos perecer. A nossa sociedade jamais faria isso se tivesse a cosmovisão da Teologia Criacional. O homem é mais que a grama. E é por isso mesmo que sua missão é cuidar da Criação. Não é o Panteísmo nem o Cristianismo pobre/moderno que tem a solução. 

Francis Schaeffer sempre será lembrando como um dos gigantes do século 20. Sobre a poluição e a morte do homem, disse que nós devemos usar a natureza, mas não como se ela fosse nada em si própria. Em Romanos 8. 19 - 23, Paulo diz que a natureza também será redimida junto com o homem. Ao homem foi determinado o domínio sobre a natureza, mas não é soberano sobre as ordens inferiores da criação (Gn 1.28). Somente Deus é Soberano e o verdadeiro Possuidor do Universo. O homem solicita e usa o animal, a planta e a máquina. O animal come a planta e/ou outros animais. A planta utiliza a porção mecânica do Universo criado. Cada coisa na Criação de Deus utiliza a coisa que Deus fez abaixo dela. 

Por causa da Queda, o homem caído de seu estado original abusa desse domínio e prostitui-se em tirania, desprezando a mulher e a natureza. Quer seja a pressa de tentar remendar as coisas ou a própria ganância, a depravação humana acaba devorando a natureza. Se dizemos que amamos Aquele que Ama, amamos o que Aquele que Ama fez. 

Por Luciana Figueirêdo


O rio Doce é um rio brasileiro da Região Sudeste do país, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Com cerca de 853 km de extensão, seu curso representa a mais importante bacia hidrográfica totalmente incluída na Região Sudeste.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Gotham - 1ª temporada

Gotham (pré-Batman) é um lugar sinistro e sombrio. O belo, o bom e o verdadeiro foram amputados da visão de mundo em que vive cada personagem asqueroso. A sede de ser mau saltita das almas de Gotham. A revolução é violenta e é uma extensão do pensamento da elite: facções, políticos e empresários corruptos. A lascívia escancarada é um hábito. As esferas sujas poderosas exibem sua depravação. Apenas alguns lutam contra a cultura e contra o controle mafioso da cidade. O Pinguim, interpretado brilhantemente por Robin Lor Taylor, é um excelente conspirador (joga de muitos lados). A figura central de Gotham, o detetive James Gordon (Ben Mckenzie), é uma espécie de Batman, sem a fantasia. Gordon aparece como uma luz no fim do túnel para combater o veneno que corrompeu até seu departamento policial. E pode acreditar: também vivemos em Gotham! Quem é você em Gotham? Assista.

“Não há justo, nem um sequer; não há quem entenda, não há quem busque a Deus.” 
(Romanos 3:10, 11)

Ficha Técnica
Gotham – 1ª Temporada – 2014/2015 (EUA)
Duração: 22 episódios
Gênero: Drama/Policial
Criador: Bruno Heller
Elenco: Ben Mckenzie, Donal Logue, David Mazouz, Sean Pertwee, Erin Richards, Robin Lord Taylor, Cory Michael Smith, Jada Pinkett Smith, John Doman, David Zayas, Camren Bicondova, Clare Foley, Morena Baccarin




Por Luciana Figueirêdo

Beasts of No Nation, de Cary Fukunaga

África. Guerra civil. Uma criança envolvida e recrutada no meio de uma guerra civil em um país do oeste da África. Baseado no livro homônimo escrito pelo nigeriano Uzodinma Iweala e filmado em Gana, o filme não esconde a natureza humana. Governos totalitaristas costumam usar sua pedagogia do oprimido para justificar a violência e a sangria. O recrutamento de crianças por grupos terroristas totalitários é assunto atualíssimo em países africanos. Agu (Abraham Attah) é uma criança. E eu não tirei os olhos dele em toda a sua atuação como ator. Carregou-me para junto dele o tempo todo. Como a liberdade é preciosa! Como a família é alimento para a alma! Diante dos males que o homem pode produzir, somente através da eterna vigilância pode-se ter "liberdade" neste mundo escuro e hostil. A crueldade humana não está ligada à falta de dinheiro, comida e/ou poder, mas ao desvio moral e espiritual inerente à natureza do homem. 

"Às vezes, falo pra ela, não vou contar tudo porque vi muitas coisas horríveis demais pra contar. Vi mais coisas horríveis que dez mil homens, e fiz mais coisas horríveis que vinte mil homens. Então, digo a ela: se eu contar todas as coisas que fiz, você vai pensar que sou uma espécie de fera ou diabo. Amy nunca diz nada quando falo isso, mas a água em seus olhos brilha. E digo a ela: tudo bem. Sou todas essas coisas. Sou todas essas coisas, mas uma vez já tive uma mãe, e ela me amava." Agu


Agu (Abraham Attah), filho caçula de uma família tradicional da África que passa a sofrer os horrores e mazelas de uma guerra civil. 

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
João 8:36

Por Luciana Figueirêdo 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A referência de moralidade é de natureza divina e não humana

Pecado é sempre pecado, mesmo que todos os filhos de Adão e Eva (de natureza pecaminosa) estejam pecando. O verdadeiro cristão chama de pecado os seus erros e não de espontaneidade existencial. A referência de moralidade é divina e não humana. O Decálogo é divino porque nenhum ser humano, exceto Jesus, tem inclinação espiritual e moral para exigir os 10 mandamentos. Deus está acima da Lei porque quem precisa de leis coercitivas são os pecadores: eu e você.

Minha natureza humana não é moral, mas a que Cristo deu me faz chamar o pecado de pecado, sempre. Isso faz toda a diferença. De alguma forma, pecamos todos os dias. A singularidade do novo nascimento está em chamar o pecado de pecado, dando nomes aos nosso males, em confissão a Deus. Que Deus salve-me da Ira vindoura!

"Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer.

Não há ninguém que entenda;Não há ninguém que busque a Deus.
Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só.
A sua garganta é um sepulcro aberto;

Com as suas línguas tratam enganosamente;
Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;

Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
Em seus caminhos há destruição e miséria;
E não conheceram o caminho da paz.
Não há temor de Deus diante de seus olhos.
Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus."


Por Luciana Figueirêdo

A imoralidade na tal "Arte Moderna" avança...

Assim como o Império Romano e seus libertinos artistas, todos cairão em suas desgraças imorais e idolatrias. Isso não é Arte, mas Religião. É a Arte Moderna! O ser humano entregue à espontaneidade dá seus frutos... podres! Todos os homens, exceto Jesus, são depravados e ímpios (Salmo 14. 2, 3). Quase todas as performances que já presenciei são de imoralidade sexual. As que já fiz, não eram ligadas ao movimento redentivo da Arte Moderna. Graças a Deus! Hoje, estou desligada de qualquer vínculo com Sesc, leis de incentivo à cultura e artistas marxistas. Me afastei de todos. Calma! Nunca recebi nada do governo. Mas fui convidada, algumas vezes, para projetos com tais vínculos. Não desce na minha goela uma coisa dessas!
"“Tomar no c... é uma performance de confronto moral, resistência e discussão sobre o ânus como órgão disposto aos poderes públicos, que decidem socialmente e culturalmente como ser utilizado: orifício de expulsão de excrementos”, explica Camacho para a Lado A. Jatos do líquido são lançados um contra o outro" relatou a matéria:

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A modernidade e seus males na arte do teatro

Sobre o tal vídeo da performance dos atores pelados colocando o dedo no ânus do outro, enquanto giravam em uma roda coletiva...
Gente... O homem rompeu com a Arte faz tempo. A Arte Moderna é uma religião. Todo discurso dos artistas modernos é de caráter espiritual, religioso. Eles buscam encontrar uma redenção através da falsa liberdade que pregam, buscam sentido no que não tem sentido, rompem com séculos de arte e defendem a cosmovisão do homem moderno como doutrina escatológica para a redenção do mundo inteiro. Isso se chama Religião irreligiosa do Humanismo. O Iluminismo agradece pelo rompimento com o Cristianismo. Agora, colhemos a depravação humana, porque eles pregam em sua doutrina que emitir juízo de valor é errado. Eita, que tempo o nosso, como dizia Cícero.

Por Luciana Figueirêdo

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Leonard Bernstein (1918 - 1990)

O misticismo do homem moderno em ação: música
"A Terceira Sinfonia de Leonard Bernstein, interpretada pela Orquestra Filarmônica de Nova York, dá um exemplo do mesmo tipo de misticismo na música. É chamada Kaddish Symphony (1963). Kaddish é um estilo de música judaica, um louvor hebraico a Deus. Bernstein (1918 - 1990) absorveu este estilo de ceticismo moderno. Em contraste com o Kaddish original, este insinua que não podemos saber nada do que existe, mas que devemos nos limitar a apreciar o músico, pois ele estará nos proporcionando algo divino."  Francis Schaeffer

O que percebo é que este pensamento está muito evidente dentro do Cristianismo Moderno também, uma vez que o louvor toma muito espaço nos cultos. A música cristã contemporânea tem certo misticismo moderno, ceticismo, o método do acaso, ou seja, os musicistas apenas proporcionam algo divino. É como se dissesse: "Eu creio, mesmo que seja apenas experiência existencial.

Luciana Figueiredo

John Cage (1912 - 1992)

O misticismo moderno em ação: John Cage (1912 - 1992)

"Na visão de Cage, não há ninguém com quem pudéssemos nos comunicar. Tudo o que existe é um universo impessoal, que fala por um acaso cego." Francis Schaeffer

Assim com Cage, em seu desespero humano (sua cosmovisão), muitos outros pensadores modernos estão destruindo o que o homem é, de fato, em si mesmo - imagem e semelhança do Criador. Cage não conseguiu viver como deveria, pois aplicou sua fé na Religião da Arte Moderna. Ele dividiu a música em: muito barulho e baderna ou silêncio absoluto. Tudo é impessoal. Não há Deus para Cage. Assim pensa, religiosamente, o homem moderno.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sobre “A cartomante”, de Machado de Assis

Luciana Figueirêdo*
“Não adulterarás” Êxodo 20:14  

Considero que é um conto cheio de fatos intrigantes. Lembrei-me de um fato inusitado que ocorreu, certa vez, em um shopping da minha cidade. Estava eu comendo aquele lanche fast-food, quando uma bela moça aproximou-se e perguntou se eu queria saber do meu futuro. Mostrei meu sorriso. De sobrancelhas levantadas, fiz uma cara de enjoada e disse que já conhecia o Dono dos astros. Ela também mostrou seu sorriso. Falou que eu tenho uma “luz” e foi embora.

Não acredito em cartomantes – é óbvio. Os que escrevem comportamento de pessoas no viés dos signos místicos são bem astutos – já li muitas coisas engraçadas. A figura da cartomante aparece no conto machadiano como um ser confortador em meio aos sérios problemas de um casal de amantes apaixonados. E eu não duvido que muitos escolham acreditar em prognósticos, mesmo sem crê-los - quando convêm particularmente, como fez Camilo.

Narrado em terceira pessoa, Machado conduz a história, sem revelar os fatos completamente, num jogo de vaivém repleto de suspense e desdobramentos factuais.

Vilela, Rita e Camilo – um triângulo amoroso que, no mínimo, adjetivo como destruidor. Os amantes são perturbados pela inquietude da consciência moral e social. A traição é um lugar sem água, sem comida e sem perdão. Os olhos não piscam, a boca não sorri e os ombros não descem. Vilela mora na natureza humana. É a parte que descrevo como a confiança quebrada. E estamos quebrados em muitas vidas. Assim como Vilela, somos vingadores: quer por pensamentos iníquos ou atitudes externas.

Rita, a “tonta”, mostra como a estupidez da paixão lasciva corrói o coração: “Vimos que a cartomante restituiu-lhe a confiança e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez”. Camilo, pesaroso, estava amedrontado por sua imaginação, que escancarava o medo e a vergonha, diante do amigo: incomodava-o insistentemente.

“Quanto antes, melhor, pensou ele; não posso estar assim...”

Camilo ouviu da cartomante o que queria: “O terceiro ignorava tudo”. A consulta levou-o à casa de seu amigo. De volta ao cenário onde arrebatou-lhe a loucura da paixão, viu sua amante morta, que o fez conhecer que a saída mística o enganara com certa ironia, em detrimento de seus males interiores.
Eu diria que Machado experimentou o coração em gosto amargo, o que também é próprio da estrutura humana pós-adâmica.

Mas o homem que comete adultério
não tem juízo;
todo aquele que assim procede
a si mesmo se destrói.
Provérbios 6:32

Perdoe-me as imperfeições de uma jovem escritora. 
_____________________

*Luciana Figueirêdo é pedagoga pela UVA-UNAVIDA e trabalha há mais de 13 anos na rede privada de ensino.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

John Gill - Resumo dos 10 mandamentos

Acabei de ler Resumo dos Dez Mandamentos, de John Gill (Kettering, Northamptonshire, 23 de novembro de 1697 - 14 Outubro 1771). Ele foi o autor de uma análise da Bíblia, An Exposition of the Old and New Testament. Admiro-o por sua insistência em buscar o conhecimento. "Ele tentou entrar para um seminário, mas foi rejeitado por ser muito jovem. Ele continuou os estudos por conta própria, e, aos dezenove anos de idade, já havia lido todos os principais clássicos em grego e latim, e havia estudado lógica, retórica, filosofia natural e filosofia moral, além de ter conhecimento da língua hebraica" (projeto Castelo Forte). 

“Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de
todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande
mandamento. E o segundo, semelhante a este,
é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes
dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Mateus 22:36-40

A lei espiritual não somente atinge nossas atitudes externas, mas nosso interior (pensamentos, desejos, intenções). A mensagem central do primeiro mandamento é que somente o Criador deve ser cultuado. O ateísmo nega não só sua existência, mas também a adoração ao Eterno. Amar e adorar as criaturas também transgride o primeiro grande mandamento, pois a revelação mostra que nem as pessoas, nem os animais, nem o Sol, nem as estrelas, nem a Lua, criatura alguma, nem o tempo, nem os afazeres, nem deuses quaisquer do coração humano merecem e devem ser adorados em lugar do Senhor (Deuteronômio 4:19; Jr 2:28;1 Co 8:5, 6; Jó 31:24; Salmo 49:6; Efésios 5:5; Filipenses 3:19; Ezequiel 14:04, 36:25). O "Além de mim" exclui qualquer pessoa, coisa, criatura e objeto de legitimidade cultual (Is 44:8, 45:21). "Não roubarás" inclui também a glória devida ao Deus revelado nas Sagradas Escrituras. 

A idolatria é fruto da concupiscência da natureza humana. O Decálogo revela-a em nós, a raiz de todo pecado: a concupiscência (Tg 1.13-14). "A lei não pode ser perfeitamente cumprida pelo homem em seu estado pecaminoso e decaído; por isso ninguém pode ser justificado diante de Deus pelas obras da lei, embora para os que são de Cristo exista uma justiça revelada no evangelho, manifestada sem a lei e testemunhada pela lei e os profetas, composta de sua obediência ativa e passiva, que é o fim e o cumprimento da lei para todos que a consideram (Rm 3:20-22, 10:4)", concluiu John Gill. 

Por Luciana Figueirêdo 


John Gill
Pastor da igreja batista em Carter Lane, St. Olave’s, Londres
E predecessor de Charles Haddon Spurgeon
Quando essa congregação batista mudou-se para New Park
Street em 1830

FONTE
Traduzido de:
http://pbministries.org/books/gill/Practical_
Divinity/Book_4/book4_06.htm
Tradução: Luciano de Oliveira
Revisão: Armando Marcos
Capa e diagramação: Salvio Bhering
Projeto Castelo Forte
Divulgando o Evangelho do SENHOR.
www.projetocasteloforte.com.br





sábado, 12 de setembro de 2015

Pessoas que gostam de você hoje, poderão odiá-lo amanhã!

Em 2005 li este livro: Os atributos de Deus, de Arthur W. Pink. Foi recomendado a mim por um dos meus professores de Teologia Contemporânea, uma das disciplinas que estudei no meu curso de Bacharel em Teologia (ainda não concluí o curso). Sendo autodidata em diversas áreas do conhecimento humano, desde meus 12 anos, continuo estudando teologia e filosofia. De fato, a Bíblia é a rocha, um lugar seguro, para uma perdida como eu. Deus é o Único que sustenta meus vacilantes pés, até porque eu não consigo por minhas próprias forças. Não existem condições de salvação em mim. Não há salvação no homem: isso é pecado de idolatria.

Uma das excelências do Criador é a sua Imutabilidade. Ele é perfeitamente imutável. Deus é perpetuamente Ele mesmo e o mesmo sempre. Não muda em nada em seu Ser Supremo. Deus é imutável em seus atributos. Semper idem (sempre o mesmo) é em seu Ser. Ele não muda em seu conselho, em suas decisões, em seus padrões, em sua essência, em sua natureza. Ele é o Incompreensível, mas cognoscível (que pode ser conhecido). 

E nós? Somos mutavelmente pecaminosos. Inventamos males sobre males. Guerras sobre guerras. Somos desviados por natureza. Corrompidos e estúpidos em si mesmos. Loucos e alastramos a peste do pecado de geração em geração. Somos Filhos de Adão e Eva e responsáveis por nossos atos iníquos. Não há bondade fora da graça divina. A natureza humana é simplesmente sombria. O coração do homem é enganoso: trai ele mesmo. Amamos o pecado. Tem misericórdia de mim, ó Deus. 

Os que desafiam viver como se Ele não existisse, correm grande perigo.

 "Por isso também eu os tratarei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei." 

"Pessoas que gostam de você hoje, poderão odiá-lo amanhã."
Arthur W. Pink

Por Luciana Figueirêdo

Textos bíblicos para reflexão: Dt 32.4; Tg 1.17; Ml 3.6; Ex 3.14; Sl 119.89; Jr 31.3; Jo 13.1; Sl 100.5; Nm 23.19; I Sm 15.29; Sl 78.75; Jr 7.13; Rm 11.29; Jó 23.13; Sl 33.11; Hb 6.17; Sl 66.9; At 17.28; Jd 13; Is 57.20; Gn 49.4; Is 2.22; Sl 146.3; Jo 12.13; 19.15; Is 54.10; I Jo 5.14; Ez 8.18.  

Arthur W. Pink (1886-1952) foi um dos autores evangélicos mais influentes da segunda metade do século XX. Erudito bíblico de persuasão reformada e puritana, Pink escreveu várias obras literárias e pastoreou diversas igrejas nos EUA, além de ter servido como ministro na Inglaterra e Austrália.

"Quem é Deus? Como ele é? A Bíblia é o caminho que nós temos para responder essas perguntas. Ela nos revela seu caráter quando nos apresenta quais são os atributos de Deus. No infográfico a seguir, podemos aprender um pouco mais sobre Os Atributos de Deus."
http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/03/quem-e-deus-como-ele-e/ 



domingo, 30 de agosto de 2015

Trabalho

Infelizmente a língua grega incorporou na palavra trabalho algo ruim, como fadiga ou mero esforço braçal. É uma visão pessimista do trabalho. E a Bíblia? O próprio Deus trabalhou na criação. Podemos dizer que Ele foi Jardineiro e Oleiro. Criou o ambiente biológico, químico, físico, através de sua engenharia matemática para então criar o homem do pó da terra, como Oleiro. Deus criou o homem conforme a sua imagem e semelhança. Ao ser humano foi dado a energia criativa para servir ao outro. Um faz pão, o outro colheu o trigo. Um cortou a madeira, outro extraiu o grafite. Um plantou o algodão, outro desenhou a roupa e você está vestindo agora uma camiseta. Um teve a ideia do celular, outro do Iphone. Jesus foi carpinteiro. O trabalho braçal é digno. Trabalhar é difícil para todos nós. Mas não é algo vergonhoso ou ruim. Também não deve ser sacralizado pela palavra vocação. Se é vocação, que obedeça a quem o vocacionou: Deus. O vocacionado sabe quem é o seu chefe. Somos chamados ao cultivo, ao serviço, ao gerenciamento. Servir ao outro é digno. Os padeiros nos servem todos os dias. As costureiras também. O gari da cidade. O pedreiro que fez sua parede para guardar sua propriedade privada e sua família. A remuneração é a consequência natural do ato de servir aos outros. E Deus nos serve todos os dias: nos dá o fôlego de vida e oportunidades de servir através de nossa energia criativa.
" Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade." Efésios 4:28
Texto adaptado por Luciana Figueirêdo
Fonte: Pr. Heber Campos Jr.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Encontro marcado

O que acontece quando a Igreja Cristã não obedece ao seu chamado de proclamar a Luz para as nações? O Estado tenta fazer o seu papel. Homens e mulheres tentam ser os deuses com suas políticas e acabam cercando a massa com ideologias anti-Deus, anti-cristãs. Quem deve levantar a bandeira para quebrar os preconceitos é a Igreja, não para se conformar em relação ao pecado, mas para transformar a mente dos oprimidos e encarcerados em suas prisões pessoais. Quando o Estado o faz, a engenhosidade do mal aparece. A luta de classes, defendida pelo Karl Marx, resultou em milhões de mortos por onde passou com seus enganos. O Iluminismo europeu adoeceu a sociedade com a defesa de um Estado-deus. Todo regime que concentra o poder em homens que legislam até para a consciência individual rasga a humanidade. 

No tempo de Jesus, o chauvinismo machista era costume entre os judeus. Falar com uma mulher em público, à luz do dia,  era vergonhoso. Ensiná-la era perda de tempo. E sendo uma samaritana, era desprezível, pois os judeus eram preconceituosos com samaritanos pelo fato de serem uma raça misturada com povos gentios. E sendo uma prostituta? Ah, um mal terrível conversar com ela, em pleno sol quente, justamente no horário onde as prostitutas iam tirar água do poço. Imagine: todos sabiam que era uma mulher adúltera pelo horário exclusivo de pegar água do poço. Beber água com samaritanos? Era escandaloso. E Jesus fez tudo isso: falou com ela, pediu água, deu atenção, expôs seus podres pecados e ofereceu uma nova vida. 

Jesus quebrou preconceitos! E a samaritana foi a primeira missionária de Samaria. Ela deixou o seu jarro (cântaro), abandonou aquilo que não matou a sua sede, e foi pregar sobre o Homem que expôs sua podridão. Ela entendeu que suas feridas seriam curadas pela exposição do pus das chagas da alma. É o começo da regeneração. Os discípulos ficaram assustados e escandalizados com as atitudes de Cristo. Para algumas pessoas, o pecado é absurdamente confortável e conformável. Para outras, é uma prisão. Quem não conhece a Luz não sabe o que é escuridão. Naquele momento, Jesus estava restaurando a mente daqueles homens, seus discípulos. E o testemunho daquela mulher foi mais eficaz que a visita dos Doze. Deus escolheu as pessoas mais improváveis deste mundo para confundir as sábias. Compartilho aqui a passagem de João 4: 1-42:

E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João
(Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos),
Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
E era-lhe necessário passar por Samaria.
Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?
Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele.
E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.
Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer?
Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.
E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa.
Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.
E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia.

João 4

Por Luciana Figueirêdo

terça-feira, 14 de julho de 2015

Uma oração de Dietrich Bonhoeffer

“E, quando orarem, vocês não serão como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos seres humanos. Em verdade lhes digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não usem de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não se assemelhem, pois, a eles; porque Deus, o seu Pai, sabe o de que vocês têm necessidade, antes que lho peçam”. (Mt 6.5-8).


"Dentro de mim está escuro, mas em Ti há luz
Eu estou só, mas Tu não me abandonas
Eu estou desanimado, mas em Ti há auxílio
Eu estou inquieto, mas em Ti há paciência
Não entendo os Teus caminhos, mas tu conheces 
o caminho certo para mim."


Dietrich Bonhoeffer


domingo, 12 de julho de 2015

Marcos Almeida - Toda dor é por enquanto



Fui ao evento do meu querido Marcos Almeida, EU SARAU, aqui na minha cidade de João Pessoa - PB, na última sexta-feira, dia 10/07/2015. Foi algo tão precioso e inusitado! Tão poderoso pela poesia e arte. Como bem disse meu estimado Rookmaaker, "A arte não precisa de justificativa". 

"Não existe canção que não seja também um tipo de confissão de fé. Todo cantor se confessa, porque palavra é denúncia." Marcos Almeida

Compartilho uma cantiga que se faz oração.

"Toda dor é por enquanto
A tua alegria, daqui até o fim
E eternamente
Toda dor é por enquanto
A tua alegria, daqui até o fim
E eternamente
A alegria, verá meu rosto sem lágrimas
Verá, raiar o dia em que Jesus cristo irá voltar
Nas alturas, com seus anjos e as trombetas anunciando
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada na dor, que é por enquanto
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada no amor, que é para sempre
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada na dor, que é por enquanto
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada no amor, que é para sempre
Toda dor é por enquanto."
Marcos Almeida ‪#‎EUSARAU‬