quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Beasts of No Nation, de Cary Fukunaga

África. Guerra civil. Uma criança envolvida e recrutada no meio de uma guerra civil em um país do oeste da África. Baseado no livro homônimo escrito pelo nigeriano Uzodinma Iweala e filmado em Gana, o filme não esconde a natureza humana. Governos totalitaristas costumam usar sua pedagogia do oprimido para justificar a violência e a sangria. O recrutamento de crianças por grupos terroristas totalitários é assunto atualíssimo em países africanos. Agu (Abraham Attah) é uma criança. E eu não tirei os olhos dele em toda a sua atuação como ator. Carregou-me para junto dele o tempo todo. Como a liberdade é preciosa! Como a família é alimento para a alma! Diante dos males que o homem pode produzir, somente através da eterna vigilância pode-se ter "liberdade" neste mundo escuro e hostil. A crueldade humana não está ligada à falta de dinheiro, comida e/ou poder, mas ao desvio moral e espiritual inerente à natureza do homem. 

"Às vezes, falo pra ela, não vou contar tudo porque vi muitas coisas horríveis demais pra contar. Vi mais coisas horríveis que dez mil homens, e fiz mais coisas horríveis que vinte mil homens. Então, digo a ela: se eu contar todas as coisas que fiz, você vai pensar que sou uma espécie de fera ou diabo. Amy nunca diz nada quando falo isso, mas a água em seus olhos brilha. E digo a ela: tudo bem. Sou todas essas coisas. Sou todas essas coisas, mas uma vez já tive uma mãe, e ela me amava." Agu


Agu (Abraham Attah), filho caçula de uma família tradicional da África que passa a sofrer os horrores e mazelas de uma guerra civil. 

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
João 8:36

Por Luciana Figueirêdo 

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