domingo, 31 de maio de 2015

Poesia Sorriso amarelo

O mundo inteiro ouviu
Sem mais desculpas
A multidão aplaudiu
Oh, Grande Irmão!
Oh, Grande Irmão!
Oh, Grande Irmão!
Espatifou o sagrado
E ficou o sorriso amarelo.
A corda vendida é a mesma que sacrificará o vendedor!
Olhos vendados de injustiça
Braços cortados da balança.
Pés que se apressam ao mal
Medíocres igualitaristas!
Afronta à dignidade!
Não há boas novas
O pessimismo é a moda.
Ouçam-me! Mas só pode ser baixinho.
Guerra é paz
Liberdade é escravidão
A insensatez corrói a mente
Escute-me! Mas só pode ser baixinho.
Não cobices seus banquetes saborosos
Porque a comida é enganadora.
Ah, que noite escura!
Uma fresta de luz
cintila no ferrolho. 

Por Luciana Figueiredo

Ad infinitum - o pensamento hegeliano abriu as portas do inferno

          A História e a cultura mostram claramente que o modo de pensar das pessoas é o fundamento e a fonte do fluxo deste mundo pós-moderno. O que nós somos em nosso mundo de pensamentos, nossa mentalidade, determina como agimos diante da realidade. Tanto a vida pessoal como a vida política, tem suas consequências baseadas nos pressupostos da cosmovisão que flui do mundo interior de cada um de nós.
        “Assim como pensa, assim um homem é” é realmente muito profundo. Ele tem uma mente, sua complexidade singular. Não é um mero resultado de pressões ao redor. É o sujeito da mente que age no mundo externo.
        O filósofo alemão Hegel (1770 – 1831) foi o homem que abriu as portas para o que Francis Schaeffer denominou de Linha do Desespero. As posições particulares foram e são relativizadas porque o pensamento hegeliano acredita que o Universo está em constante desdobramento e o homem não pode compreendê-lo fora da dialética. Para Hegel, no âmago de uma proposição há antítese, seu oposto. A antítese se desdobra e se coloca contrariamente à tese, uma síntese elaborada das duas. Para ele, a síntese demonstra que há verdade tanto na tese como na antítese. Alguém afirmaria que é possível viver dentro deste círculo. Outro indivíduo viria e traçaria um novo círculo e, assim por diante, ad infinitum.  Antes do abismo no qual o atual homem pós-moderno se encontra, a possibilidade de absolutos era aceita e, embora as pessoas discordassem dessas proposições, elas mantinham a comunicação de pensar juntas, a partir do fundamento clássico da antítese: se algo é verdadeiro, o oposto é falso, ou seja, absolutos implicam antítese. Antigamente o homem estava impregnado por pressupostos da antítese em sua estrutura mental. O Cristianismo histórico tem sua base de sustentação na antítese e, sem ela, perderia todo o seu sentido. A geração atual busca as soluções para seus dilemas humanos na síntese e não de absolutos (filosofia, política, arte, moralidade individual, teologia). E é bem possível que você se sinta caindo em um abismo, só que degrau por degrau.
         O dinamarquês Kierkegaard (1813 – 1855), comentado também por Schaeffer em seu livro Como viveremos?, trouxe a noção de que a razão sempre gerou o pessimismo. Sendo assim, o otimismo seria encontrado fora da razão, através de “um salto de fé”, traduzido assim:
IRRACIONALISMO = FÉ/OTIMISMO
-------------------------------------------------------------------------------------
RAZÃO = PESSIMISMO

         O homem moderno é um homem de dicotomia. Por dicotomia entendemos:
                            “... a separação total em duas ordens mutuamente exclusivas, que não têm nenhuma unidade ou relacionamento entre elas. A dicotomia aqui em jogo é a da separação total entre o campo do sentido e dos valores e o campo da razão”         (SCHAEFFER, COMO VIVEREMOS, 1976, p. 111).

         De acordo com Schaeffer, o esquema da Linha do Desespero pode ser traçada assim:
Europa antes de 1800 e EUA antes de 1935
Linha de Desespero -------------------------------------------------
Europa depois de 1890 e EUA depois de 1935

Esquema1: Linha de Desespero. Fonte: SCHAEFFER. DEUS QUE INTERVÉM (1968, p. 25).

     Os filósofos abandonaram a ideia da busca do campo unificado do conhecimento da razão, rompendo com a metodologia da contradição e decidiram alterar a verdade. Assim foi concebido o homem moderno. 

Por Luciana Figueiredo

Fonte: Como viveremos, de Francis Schaeffer, ed. Cultura Cristã. 
           O Deus que intervém,  de Francis Schaeffer, ed. Cultura Cristã. 

         

 




terça-feira, 19 de maio de 2015

Beleza importa?

Beleza importa para o sentido da Arte? A beleza é um dos critérios que não abro mão para apreciar qualquer obra considerada artística. O objeto perdeu o seu lugar para o DISCURSO E DELÍRIOS HUMANOS que engenhosamente coloca coisas e ideias irreais resultantes do pessimismo.  Hoje em dia, obras insignificantes são cercadas de retórica e delírios justificadores, ou seja, pode acabar mais presa aos “discursos” sobre as obras do que às obras. Eu aprecio esta obra de Andrien porque há beleza, independente do artista e seu discurso. Escreverei mais sobre este assunto em um futuro artigo acadêmico. Aguarde!
Adrien foi diferente. Passaria meses estudando cada detalhe de sua obra. Estou cansada de ver pinturas infantis pós-modernas.
ADRIEN MOREAU - O pequeno concerto- Óleo sobre tela - 115 x 89

Luciana Figueiredo

Transformação interior

        O processo de conversão não se limita à transformação advinda da contemplação de nosso próprio mal, uma experiência interior, tal como o maravilhamento diante de uma obra de arte. Ou seja: nosso mal é tão profundo que apenas a morte do próprio Deus nos faria reviver. Isso explica o termo propiciação. E eu sei que essa é uma consciência puramente cristã. Essa é a única consciência que me satisfaz, me impede de me achar melhor do que realmente sou e não morrerei sem saber o quanto fui má em minha consciência de pecadora. Essa convicção vem do Espírito Santo. É a minha fé.
Adaptado do texto sobre a profundidade do mal, de Norma Braga.

O Cristão e a Política

O que o cristão deve pensar sobre política? Na última Conferência de Jovens perguntamos a Franklin Ferreira sobre o assunto e ele deu algumas diretrizes no vídeo abaixo. Lembrando que a gravação se deu antes dos protestos, então, não haverá nenhuma referência sobre elas.

http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/06/o-cristao-e-a-politica-franklin-ferreira/

Um outro recomeço...

     Escrever não é tarefa fácil. Somente através de muitas leituras tenho a matéria - prima: o que escrever. Através da intensiva e extensiva leitura posso conhecer outras visões, valores e almas. Estou recomeçando. Uma nova tentativa de comunicar-se por meio de diversos assuntos (teologia, política, filosofia, arte, pedagogia, literatura, etc.). Vamos lá! Desejo-me bom siso e honestidade intelectual. 

Luciana Figueiredo