O mundo inteiro ouviu
Sem mais desculpas
A multidão aplaudiu
Oh, Grande Irmão!
Oh, Grande Irmão!
Oh, Grande Irmão!
Espatifou o sagrado
E ficou o sorriso
amarelo.
A corda vendida é a
mesma que sacrificará o vendedor!
Olhos vendados de
injustiça
Braços cortados da
balança.
Pés que se apressam ao
mal
Medíocres
igualitaristas!
Afronta à dignidade!
Não há boas novas
O pessimismo é a moda.
Ouçam-me! Mas só pode
ser baixinho.
Guerra é paz
Liberdade é escravidão
A insensatez corrói a
mente
Escute-me! Mas só pode
ser baixinho.
Não cobices seus
banquetes saborosos
Porque a comida é
enganadora.
Ah, que noite escura!
Uma fresta de luz
cintila no ferrolho.
Por Luciana Figueiredo
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