segunda-feira, 27 de julho de 2015

Encontro marcado

O que acontece quando a Igreja Cristã não obedece ao seu chamado de proclamar a Luz para as nações? O Estado tenta fazer o seu papel. Homens e mulheres tentam ser os deuses com suas políticas e acabam cercando a massa com ideologias anti-Deus, anti-cristãs. Quem deve levantar a bandeira para quebrar os preconceitos é a Igreja, não para se conformar em relação ao pecado, mas para transformar a mente dos oprimidos e encarcerados em suas prisões pessoais. Quando o Estado o faz, a engenhosidade do mal aparece. A luta de classes, defendida pelo Karl Marx, resultou em milhões de mortos por onde passou com seus enganos. O Iluminismo europeu adoeceu a sociedade com a defesa de um Estado-deus. Todo regime que concentra o poder em homens que legislam até para a consciência individual rasga a humanidade. 

No tempo de Jesus, o chauvinismo machista era costume entre os judeus. Falar com uma mulher em público, à luz do dia,  era vergonhoso. Ensiná-la era perda de tempo. E sendo uma samaritana, era desprezível, pois os judeus eram preconceituosos com samaritanos pelo fato de serem uma raça misturada com povos gentios. E sendo uma prostituta? Ah, um mal terrível conversar com ela, em pleno sol quente, justamente no horário onde as prostitutas iam tirar água do poço. Imagine: todos sabiam que era uma mulher adúltera pelo horário exclusivo de pegar água do poço. Beber água com samaritanos? Era escandaloso. E Jesus fez tudo isso: falou com ela, pediu água, deu atenção, expôs seus podres pecados e ofereceu uma nova vida. 

Jesus quebrou preconceitos! E a samaritana foi a primeira missionária de Samaria. Ela deixou o seu jarro (cântaro), abandonou aquilo que não matou a sua sede, e foi pregar sobre o Homem que expôs sua podridão. Ela entendeu que suas feridas seriam curadas pela exposição do pus das chagas da alma. É o começo da regeneração. Os discípulos ficaram assustados e escandalizados com as atitudes de Cristo. Para algumas pessoas, o pecado é absurdamente confortável e conformável. Para outras, é uma prisão. Quem não conhece a Luz não sabe o que é escuridão. Naquele momento, Jesus estava restaurando a mente daqueles homens, seus discípulos. E o testemunho daquela mulher foi mais eficaz que a visita dos Doze. Deus escolheu as pessoas mais improváveis deste mundo para confundir as sábias. Compartilho aqui a passagem de João 4: 1-42:

E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João
(Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos),
Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
E era-lhe necessário passar por Samaria.
Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?
Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele.
E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.
Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer?
Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.
E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa.
Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.
E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia.

João 4

Por Luciana Figueirêdo

terça-feira, 14 de julho de 2015

Uma oração de Dietrich Bonhoeffer

“E, quando orarem, vocês não serão como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos seres humanos. Em verdade lhes digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não usem de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não se assemelhem, pois, a eles; porque Deus, o seu Pai, sabe o de que vocês têm necessidade, antes que lho peçam”. (Mt 6.5-8).


"Dentro de mim está escuro, mas em Ti há luz
Eu estou só, mas Tu não me abandonas
Eu estou desanimado, mas em Ti há auxílio
Eu estou inquieto, mas em Ti há paciência
Não entendo os Teus caminhos, mas tu conheces 
o caminho certo para mim."


Dietrich Bonhoeffer


domingo, 12 de julho de 2015

Marcos Almeida - Toda dor é por enquanto



Fui ao evento do meu querido Marcos Almeida, EU SARAU, aqui na minha cidade de João Pessoa - PB, na última sexta-feira, dia 10/07/2015. Foi algo tão precioso e inusitado! Tão poderoso pela poesia e arte. Como bem disse meu estimado Rookmaaker, "A arte não precisa de justificativa". 

"Não existe canção que não seja também um tipo de confissão de fé. Todo cantor se confessa, porque palavra é denúncia." Marcos Almeida

Compartilho uma cantiga que se faz oração.

"Toda dor é por enquanto
A tua alegria, daqui até o fim
E eternamente
Toda dor é por enquanto
A tua alegria, daqui até o fim
E eternamente
A alegria, verá meu rosto sem lágrimas
Verá, raiar o dia em que Jesus cristo irá voltar
Nas alturas, com seus anjos e as trombetas anunciando
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada na dor, que é por enquanto
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada no amor, que é para sempre
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada na dor, que é por enquanto
Vem completando a obra, que começa agora
Misturada no amor, que é para sempre
Toda dor é por enquanto."
Marcos Almeida ‪#‎EUSARAU‬ 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Chegue aqui que eu quero lhe contar um negócio

Não é fácil agradar a Deus quando as coisas não me agradam! Quem pretende agir como Jesus deve rasgar-se e jogar todos os pedacinhos numa fogueira. Segui-lo também é conhecê-lo intimamente e estudar o documento verdadeiro sobre Ele: a famosa Bíblia. 

Por ser justamente imperfeita é que sou cristã. A consciência do meu mal dobra-se diante da cruz. Não há outra crença que supere o Cristianismo: somente o Deus judaico-cristão encarnou-se, morreu na cruz, recebeu a ira divina em meu lugar e ressuscitou dos mortos, vencendo o poder da morte devido ao pecado. Nossa, isso faz toda a diferença! E a porta está aberta para quem acreditar. O que agrada a Deus, então? Ora, acredite Nele. 

Quem pretende agir como Jesus enfrenta muitos problemas, principalmente as densas trevas de seu próprio interior, mais exatamente na mente humana. Os desejos mais sombrios e mimados pela autojustificação e vitimização se aliam contra a alma humana. 

A epístola (carta) de Paulo aos filipenses, capítulo 1. 1 -10 (cidadãos de Filipos, assim chamada em honra a Filipe da Macedônia, o pai de Alexandre, o Grande) atesta amplamente o amor entre o apóstolo e os cristãos da igreja da colônia romana, habitada por soldados aposentados. Era uma igreja de maioria gentílica, ou seja, não-judeus (talvez devido a ausência de citações do Antigo Testamento e de nomes judeus).


Paulo era Saulo, um fariseu, associado ao Sinédrio (Fp3.5), provável instigador do julgamento de Estevão (Atos 8.1,3; 9: 1-2). Ele desejava destruir a comunidade messiânica, pois é assim que a ênfase do verbo no grego dá: destruição. 

Convertido a Cristo e profundamente arrependido por aprovar e perseguir cristãos no início do primeiro século, Paulo tornou-se uma das figuras centrais do Novo Testamento por sua atuação missionária, comprovada por cartas às igrejas.

Hoje estou refletindo novamente neste texto que introduz a carta aos cidadãos de Filipos (a escrita provavelmente foi no ano 62 a. C.). Essa reflexão se deu pelo fato de eu ter aberto um antigo devocional do Acampamento Palavra da Vida (devocional dos clubinhos bíblicos), um registro de 2007. Ô, tempo bom! 

Sei que Paulo sofreu muito, mas o que quero destacar aqui é: o amor (não esses conceitos relativistas que mais parece uma sombra que logo se desfaz com a luz da verdade). O amor entre o apóstolo e a comunidade em Filipos colocava-os à disposição para sofrer o que tivesse de sofrer. A cooperação, do grego Koinonia, era tocável pelos atos de generosidade e participação ativa na vida de Paulo. Resultado: orava com alegria. A alegria é um tema abundante na carta. Uma das orações destaca que Paulo pedia a Deus que o amor transbordasse na plenitude do conhecimento e na intensidade do discernimento. É a capacitação para saber o que é melhor e tomarmos decisões sensatas, um caminho para a pureza e irrepreensão, repletos do fruto da justiça que procede de Yeshua (Jesus, hebraico). 

Com certeza Paulo enfrentou críticas, inveja, mentiras, rivalidades e reprovações dos olhares imundos daqueles plantonistas que amam a performance diabólica: as acusações. Não há como esconder o fato de que há um grupo de pessoas que se satisfazem com bastante deleite ao alfinetar as consciências humanas que pensam diferentes delas e à favor de Cristo. 

A Cristo pertence a consciência e a imperfeição humana será banida na nova criação ( Apocalipse 21 e 22).

Shalom!

Por Luciana Figueiredo