Lendo um texto da theconversation.com sobre como é difícil "exorcizar" os fantasmas do passado, refleti que, para alguns, não é fácil perdoar ou até mesmo esquecer dores e rejeições. Atolar-se na dor da experiência pós-traumática de relacionamentos românticos pode provocar muito ressentimento e ira. Realinhar o pensamento é um desafio que requer muita graça, paciência e disciplina.
Estudos indicam que o sentimento de rejeição revela personalidade adoecida pela dor das lembranças de longo prazo. E é normal erguer muros e proteger-se. A bagagem da vida é muito pesada. E, nessas horas, perguntamos quem realmente somos. Talvez devêssemos perguntar sobre o lugar em que queremos alcançar depois disso tudo. Onde eu quero chegar, depois dessa tempestade? Talvez bem longe dos que se mantém distantes da realidade.
"Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais
abundante?" (Rm 6.1.)
Tudo isso é difícil para qualquer pessoa que tenha a natureza corrompida pelo pecado: quer seja um intelectual ou não. Acredito que o estágio mais doloroso da rejeição é quando as vozes na mente dizem que isso é para sempre, é fixo, pois não haverá quaisquer mudanças, um determinismo incrédulo. Experiências são únicas e a forma de recebê-las dentro si é singular.
"Ele mesmo tomou as nossas enfermidades."
(Mt 8.17)
"Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em
nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas
o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com
gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe
qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus
é que ele intercede pelos santos."
(Rm 8.26,27)
Respeito profundamente a capacidade de
David Seamands ensinar isto, feito com sabedoria:
1. Encare o problema de frente. Com a ajuda de Deus,
você terá que encarar de frente essa terrível e oculta mágoa, com toda a sinceridade moral, por mais profunda
que ela seja. Reconheça o problema ao nível do consciente,
para si mesmo, e fale dele para outra pessoa. Existem
problemas que nunca poderão ser solucionados, enquanto não
falarmos deles para outrem. "Confessai, pois, os vossos
pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes
curados." (Tg 5.16.) Algumas pessoas deixam de receber uma
cura de alcance mais profundo, por não terem coragem de
abrir-se totalmente com outros.
2. Aceite a sua responsabilidade no fato. Você poderá
dizer: "Eu fui uma vítima; essa pessoa pecou contra mim. O
senhor não imagina o que aconteceu comigo."
É verdade. Mas, e a sua reação? E o que dizer do fato de
você ter abrigado ressentimentos e ódio, ou ter-se recolhido a
um mundo irreal, para fugir ao problema? Isso foi o que aconteceu na primeira vez. Mas, e quanto à
segunda e terceira? De quem foi a culpa? A vida é como uma
tapeçaria muito complexa, tecida com tear e lançadeira. A
hereditariedade, o ambiente, as experiências da infância
vividas com pais, professores, colegas, as adversidades da
vida, tudo isso está do lado do tear, e essas coisas jogam a
lançadeira para nós.
Por Luciana Figueiredo
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