quinta-feira, 25 de junho de 2015

Haja luz

O pintor Vincent Van Gogh já disse que Rembrandt não tratava a luz de outra forma: é com a noite que a criava. O ato principal da criação no início do primeiro dia foi a luz. Deus trouxe a existência aquilo que os cientistas chamam de radiação eletromagnética. Disse Deus: 'Haja luz!', e houve luz. 

Famoso por retratar a luz em suas telas com excelência e objetividade, destacou-se pela encenação do reflexo luminoso que reverbera com veemência as expressões humanas, e que se contrapõe com dramaticidade ao resto da cena, imersa na penumbra.

É por essa luz e para ela que também caminho. Aliás, "lâmpada para meus pés é a tua Palavra e luz para meu caminho", como disse o salmista. 

Gênesis 22: 1 - 13 registra todo o envolvimento da luz que atinge os pontos mais significativos da cena: a trágica nudez de Isaac (que revela o alvo para o assassinato), a mão esquerda do anjo (que exorta a cessação do ato), a mão direita ( que interrompe a ação do pai) e a expressão facial sofredora de Abraão.

O sacrifício de Isaac, de Rembrandt. Óleo sobre tela (193,5 x 132,8 cm)
Museu Ermitage, São Petersburg, Rússia.
Eu vejo graça. Eu vejo luz. E ela vem do céu. Abraão creu em Deus e confiou em sua palavras. O que me deixa perplexa é o fato da fé de Abraão revelar que Deus é poderoso e pode ressuscitar um morto. Ele creu na promessa de que seu filho teria sua descendência. El Olam (hebraico, que significa Deus Eterno) providenciou o cordeiro e Isaque não foi sacrificado, um prenúncio do caráter substitutivo do sacrifício de Cristo na cruz, que morreu em nosso lugar ( Mc 10: 45; Rm 8:32; 2 Co 5:21; Tg 2:21). 

Por Luciana Figueiredo

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